COVID-19 e a Economia
Análise dos impactos gerados pela quarentena na economia
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Artigos Publicados . RC Consultores
Jornal Estado de Minas | 15.Jun.2020
Nus na Praia
Paulo Rabello de Castro
Diz o ditado que, quando a maré baixa, é que a gente enxerga quem estava se banhando nu na praia. E haja nudistas! A maré da terrível COVID começa a baixar e já acompanhamos a agitação de quem estava, digamos, nadando com as partes expostas no banho de mar. Por trás da imagem bem humorada, uma realidade carrancuda: a chegada meio repentina da COVID promoveu um enorme teste de gestão pública e empresarial – como aqueles que o professor nos aplica na escola sem aviso prévio – sobre todos os gestores do País, os do setor público, nas empresas e até nas nossas casas. Quem está na luta do dia-a-dia, a imensa maioria dos brasileiros, se virou como podia. Uns em casa, enfrentando o tédio da quarentena e amargando o estresse do negócio fechado ou do desemprego anunciado. Nessa última condição, cerca de 5 milhões tiveram seu posto de trabalho cortado desde o início do ano. Contrariando o ministro otimista da economia, o mercado de trabalho já havia começado a desempregar desde janeiro. Os negócios já não iam bem antes do Corona e afundaram com a pandemia. Mas o povo vem fazendo, como sempre, os cortes e arrumações de orçamento que o momento exige. A mesada dos 600 reais foi um quebra-galho. Mas ninguém há de pensar que a economia do País vai melhorar apenas com ajuda emergencial. Habituado a crises, o povão nadou com roupa de banho.
No segmento de governo, a COVID revelou outro mundo, o do privilégio sem limites dos que manipulam os bilhões e trilhões sacados do sangue do povão via tributos. O balanço de 90 dias da pandemia já nos revela quem esteve nadando pelado na gestão pública. O COVID foi um ENEM aplicado de surpresa em cima de governos e instituições. A maioria nem completou a prova. Em vários Estados, foi posto a nu o completo descaso da saúde. Descobrimos que o SUS, Sistema “Único”, só é único no nome. Ficou claro que o mapa das UTIs não coincide com o mapa da população brasileira. Quem está no abandonado interior, viaja até centenas de quilômetros por um atendimento especializado. Pior: o gestor dos gestores – governo federal – conseguiu o prodígio de trocar duas vezes o comando do Ministério da Saúde nas semanas da pandemia. Sempre me pergunto com que terá se deparado, nas entranhas do governo, o assombrado ministro Breve Teich para de lá sair correndo de bermuda comprida...
Mas, de todos os banhistas indecorosos, o prêmio “Nus na Praia” tem que ser compartilhado entre os que conseguiram levar nosso dinheiro e ainda roubar nosso tempo dizendo abobrinhas e tolices pela TV. Tomar nosso dinheiro e comprometer nosso futuro é o esporte favorito dos que acabam de nos colocar a todos no prego de déficits fiscais monumentais, pelos próximos quatro anos. A dívida pública subirá a 100% do PIB. Mas não se ouviu voz audível no Congresso, ou no Judiciário e órgãos de controle, inquirindo sobre projeção tão grotesca. Nem tampouco se questionou a absolutamente urgente revisão dos orçamentos públicos com cortes – moderados que fossem – em todas as rubricas de gastos. Os brincalhões de sempre nos atacam de novo com a conversa de um “aumento temporário da carga tributária”. Ela virá vestida de sunguinha: a “reforma tributária” para tomar mais de quem já paga demais. Especialistas em tungar o bolso furado da população não têm pudor de falar em aumento de impostos, seguros de que a população, sufocada com máscaras na cara, deixará passar mais essa, sob o falso argumento de que o dinheiro extra será para cobrir gastos com hospitais de campanha jamais construídos. Esses especialistas são os que nadam com a coisa de fora e ainda debocham dos outros na areia. E o Congresso Nacional? Esse também começou a nadar “sem modos”. Aprovou um “Orçamento de Guerra” que autoriza gastos mega-bilionários sem perguntar sobre fontes de cobertura futura e ainda dá aval para aumentar a liquidez do setor financeiro sem qualquer compromisso de repasse para as empresas produtivas que sucumbem na falta total de caixa.
Vamos pendurar na conta do vírus o que é do vírus. Lamentamos profundamente as mortes evitáveis. Mas boa parte delas ainda está por vir, - inclusive as de milhões de negócios, pelo estresse profundo da economia semiparalisada - este encargo deve ser pendurado nas nossas próprias deficiências públicas. E o presidente da República está longe de ser um único a nadar pelado e sem máscara no imenso mar de nudistas que o vírus mostrou ao País.
Paulo Rabello de Castro
Diz o ditado que, quando a maré baixa, é que a gente enxerga quem estava se banhando nu na praia. E haja nudistas! A maré da terrível COVID começa a baixar e já acompanhamos a agitação de quem estava, digamos, nadando com as partes expostas no banho de mar. Por trás da imagem bem humorada, uma realidade carrancuda: a chegada meio repentina da COVID promoveu um enorme teste de gestão pública e empresarial – como aqueles que o professor nos aplica na escola sem aviso prévio – sobre todos os gestores do País, os do setor público, nas empresas e até nas nossas casas. Quem está na luta do dia-a-dia, a imensa maioria dos brasileiros, se virou como podia. Uns em casa, enfrentando o tédio da quarentena e amargando o estresse do negócio fechado ou do desemprego anunciado. Nessa última condição, cerca de 5 milhões tiveram seu posto de trabalho cortado desde o início do ano. Contrariando o ministro otimista da economia, o mercado de trabalho já havia começado a desempregar desde janeiro. Os negócios já não iam bem antes do Corona e afundaram com a pandemia. Mas o povo vem fazendo, como sempre, os cortes e arrumações de orçamento que o momento exige. A mesada dos 600 reais foi um quebra-galho. Mas ninguém há de pensar que a economia do País vai melhorar apenas com ajuda emergencial. Habituado a crises, o povão nadou com roupa de banho.
No segmento de governo, a COVID revelou outro mundo, o do privilégio sem limites dos que manipulam os bilhões e trilhões sacados do sangue do povão via tributos. O balanço de 90 dias da pandemia já nos revela quem esteve nadando pelado na gestão pública. O COVID foi um ENEM aplicado de surpresa em cima de governos e instituições. A maioria nem completou a prova. Em vários Estados, foi posto a nu o completo descaso da saúde. Descobrimos que o SUS, Sistema “Único”, só é único no nome. Ficou claro que o mapa das UTIs não coincide com o mapa da população brasileira. Quem está no abandonado interior, viaja até centenas de quilômetros por um atendimento especializado. Pior: o gestor dos gestores – governo federal – conseguiu o prodígio de trocar duas vezes o comando do Ministério da Saúde nas semanas da pandemia. Sempre me pergunto com que terá se deparado, nas entranhas do governo, o assombrado ministro Breve Teich para de lá sair correndo de bermuda comprida...
Mas, de todos os banhistas indecorosos, o prêmio “Nus na Praia” tem que ser compartilhado entre os que conseguiram levar nosso dinheiro e ainda roubar nosso tempo dizendo abobrinhas e tolices pela TV. Tomar nosso dinheiro e comprometer nosso futuro é o esporte favorito dos que acabam de nos colocar a todos no prego de déficits fiscais monumentais, pelos próximos quatro anos. A dívida pública subirá a 100% do PIB. Mas não se ouviu voz audível no Congresso, ou no Judiciário e órgãos de controle, inquirindo sobre projeção tão grotesca. Nem tampouco se questionou a absolutamente urgente revisão dos orçamentos públicos com cortes – moderados que fossem – em todas as rubricas de gastos. Os brincalhões de sempre nos atacam de novo com a conversa de um “aumento temporário da carga tributária”. Ela virá vestida de sunguinha: a “reforma tributária” para tomar mais de quem já paga demais. Especialistas em tungar o bolso furado da população não têm pudor de falar em aumento de impostos, seguros de que a população, sufocada com máscaras na cara, deixará passar mais essa, sob o falso argumento de que o dinheiro extra será para cobrir gastos com hospitais de campanha jamais construídos. Esses especialistas são os que nadam com a coisa de fora e ainda debocham dos outros na areia. E o Congresso Nacional? Esse também começou a nadar “sem modos”. Aprovou um “Orçamento de Guerra” que autoriza gastos mega-bilionários sem perguntar sobre fontes de cobertura futura e ainda dá aval para aumentar a liquidez do setor financeiro sem qualquer compromisso de repasse para as empresas produtivas que sucumbem na falta total de caixa.
Vamos pendurar na conta do vírus o que é do vírus. Lamentamos profundamente as mortes evitáveis. Mas boa parte delas ainda está por vir, - inclusive as de milhões de negócios, pelo estresse profundo da economia semiparalisada - este encargo deve ser pendurado nas nossas próprias deficiências públicas. E o presidente da República está longe de ser um único a nadar pelado e sem máscara no imenso mar de nudistas que o vírus mostrou ao País.
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HOTLINE - A Opinião precisa da RC
07.Jan.2019 |
03.Jan.2019 |
02.Jan.2019 |
Livros Publicados
REBELDIA E SONHO
Paulo Rabello de Castro
O Brasil sofre atualmente de uma grave doença causada pela carência de propósitos claros e majoritários. Falta-nos o Projeto de Nação. Nós humanos nos movemos em torno de objetivos bem-identificados, que vão desde a defesa da vida e do alimento, como no tempo das cavernas, até a construção de impérios e a conquista de outros mundos. Seja em uma família ou em uma empresa, em uma cidade ou com um povo – e muito mais em uma nação dotada de território e soberania política –, o grupo ou coletivo nacional só resistirá aos embates e se imporá perante seus pares e vizinhos, chegando à prosperidade, se cada membro tiver clareza do seu papel e todos caminharem juntos, com confiança no futuro comum.
Essa confiança, essencial para o progresso de um grupo ou nação, aos poucos tem escapado do sentimento popular do brasileiro. A coesão nacional precisa ser resgatada com urgência. Esse livro conta como é possível construir esse Projeto de Nação do qual todos podemos fazer parte, como verdadeiros sócios do futuro. |
LANTERNA NA PROA: ROBERTO CAMPOS - ANO 100
Ives Gandra da Silva Martins
Paulo Rabello de Castro
Paulo Rabello de Castro
Em comemoração ao centenário de Roberto de Oliveira Campos (1917-2001), a Livraria Resistência Cultural Editora entrega ao público este Lanterna na proa – Roberto Campos Ano 100, obra organizada por Ives Gandra da Silva Martins e Paulo Rabello de Castro. Mais de sessenta personalidades do mundo literário, diplomático, político e empresarial se debruçam sobre a vida e a obra do admirável brasileiro, apontando, a partir das suas ideias de liberdade, os caminhos que o Brasil deve trilhar para o desenvolvimento.
Depois do sucesso de O homem mais lúcido do Brasil – as melhores frases de Roberto Campos, organizado por Aristóteles Drummond – um dos colaboradores do presente livro –, a Resistência Cultural, com este Lanterna na proa, firma-se como editora comprometida com a divulgação do pensamento do grande economista e estadista, sobretudo em seu centenário, proclamando 2017 o Ano Roberto Campos. |
O MITO DO GOVERNO GRÁTIS
Paulo Rabello de Castro
O
mito do governo grátis é um fenômeno político que promete distribuir vantagens
e ganhos para todos, sem custos para ninguém. Está na raiz do declínio do vigor
da economia brasileira e na estagnação do seu processo produtivo. O governo
grátis, como expressão de controle social, é o ápice do ilusionismo político e,
no Brasil, tem sido prática corrente por sucessivos governantes, deixando um
rastro de atraso, decadência e injustiça social.
Podemos considerá-lo o grande adversário da prosperidade e o inimigo número um da ascensão social e patrimonial dos brasileiros. Este livro oferece denúncia, antídotos e meios de superação desse mito. Paulo Rabello de Castro propõe uma reflexão aguda, apresenta dados consistentes e exemplos em todo o mundo, mostrando os efeitos nocivos desse regime e uma proposta lúcida e corajosa para o Brasil se libertar desse mito. Um brado de luta e de esperança. |
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Galo Cantou!
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A Grande Bolha de Wall ST.
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A estrutura tributária "Dez, Dez, Dez"
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